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QUALIDADE DOS ORIXÁS - OYÁ/YANSÃ

QUALIDADES DO ORIXÁ OYÁ/YANSÃ

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Um dos rituais mais belos do Candomblé é quando Oyá Kará, com seu tacho de cobre repleto de fogo, vem dançar o rítmo egó.

 

Ritualmente akará representa o fogo que Oyá engole, mas é de fato o bolinho de akará que Oyá distribui aos seus, de cor avermelhada como brasa no ajerê depois de rodar na cabeça de Oyá por todo barracão.

 

Quando feito para vender no camércio, chama-se akarajé (akará + ajé) ou seja akará de comer e assim se popularizou a palavra Akarajé Oyá também ergue a sua saia e pisa no fogo ao lado de Xangô, Oyá também troca fogo com Ogun realizando uma das mais belas danças do candomblé.

 

Oyá convida todos para guerrear e vão chegando Ogun, Opará, Iyágunté, Obá, Xangô e por último chega Oxaguiã, é a paz no meio da guerra, para apaziguar o coração de Oyá. 

 

O número 9 é sagrada a Iansã, nove também são as qualidades de Iansã e 4 são as Oyás de culto Igbalé. 

 

Senhora dos ventos, dos tufões, das nunvens de chumbo, tempestades, das águas agitadas pelo vento, águas do seu rio Níger, onde é cultuada.

 

A morte e seus mistérios não asustam Oyá, Senhora dos Eguns, mãe dos eguns, rainha dos eguns, Oyá gueré a unló, só mesmo mãe Iansã. 

 

Qualidades:

 

Oyà Petu – Ligada a Xangô e até confunde-se com ele, Oyá dos raios.

 

Oyà Onira – Rainha da cidade de Ira, a doce guerreira ligada as águas de Oxun,veste rosa.

 

Oyà Bagan – Oyá com fundamento com Oxossi, Egun,Exú,Ogun  guerreira dos ventos os estreitos das matas.

 

Oyá Senó ou Sinsirá - Oyá raríssima, ligada Yemanjá e Airá

 

Oyà Topè – mora no tempo ligada a Oxun e Exú (alguns axés erradamente a tem como uma Igbalé)

 

Oyà  Ijibé ou Ijibí - veste branco ligada a Oxalá ao vento frio

 

Oyà Kará - veste vermelho, ligada a Xangô, ao fogo, aquela que carrega o ajerê fervendo na cabeça.

 

Oyà  Leié - .o vento dos pássaros, veste estampado, ligada a Ewá

 

Oyà Biniká - A senhora do vento quente, ligada a Oxumare e Omolu.

 

Oyá Olokere ou Olokuere -  ligada a Ogun, Odé, guerreira e caçadora.

 

Oyás de culto Igbalé: Oyà Egunita – Igbalé, aqui vive com os mortos/eguns/veste branco e mariwo, ligada a Oxala, Nanã, e ao vento do bambuzal

 

Oyà Funan - Igabalé - a que encaminha os mortos/eguns/veste branco e mariwo, ligada a Oxalá, Nanã e ao centro do bambuzal

 

Oyà Padá –  Igbale, a que ilumina o caminho aos mortos/eguns/veste branco,mariwo ligada a Oxalá, Omolú e Nanã, ao bambuzal

 

Oyá Tanan ou Furé-Igbalé - a que recebe no portal os mortos/eguns/veste branco e mariwo, ligada a Oxalá e Nanã ao bambuzal.

 

Teremos ainda vários outros nomes de Oyá que se confundem ou são os mesmos, títulos, epípetos, e qualidades diversas, entre elas: Oyá Olodé,

 

Tonin’bé, Fakarebó, Adagambará, Filiabá, Iyá Popo, Iyá Kodun, Iyá Abomì, Logunere, Agangbele, Petu, Arira, Doluo, Bamila, Kedimolu.

 

 

Dia: Quarta-feira
Cores: Marrom, Vermelho e Rosa
Símbolos: Espada e Eruexin
Elementos: Ar em movimento,qualquer tipo de vento, Fogo
Domínios: Tempestades, Ventanias, Raios, Morte
Saudação: Epahei!

 

 

O maior e mais importante rio da Nigéria chama-se Níger, é imponente e atravessa todo o país.

 

Rasgado, espalha-se pelas principais cidades através de seus afluentes por esse motivo tornou-se conhecido com o nome Odò Oya, já que ya, em iorubá, significa rasgar, espalhar.

 

Esse rio é a morada da mulher mais poderosa da África negra, a mãe dos nove orum, dos nove filhos, do rio de nove braços, a mãe do nove, Ìyá Mésàn, Iansã (Yánsàn).

 

Embora seja saudada como a deusa do rio Níger, está relacionada com o elemento fogo.

 

Na realidade, indica a união de elementos contraditórios, pois nasce da água e do fogo, da tempestade, de um raio que corta o céu no meio de uma chuva, é a filha do fogo-Omo Iná.

 

A tempestade é o poder manifesto de Iansã, rainha dos raios, das ventanias, do tempo que se fecha sem chover.

 

Iansã é uma guerreira por vocação, sabe ir à luta e defender o que é seu, a batalha do dia-a-dia é a sua felicidade.

 

Ela sabe conquistar, seja no fervor das guerras, seja na arte do amor.

 

Mostra o seu amor e a sua alegria contagiantes na mesma proporção que exterioriza a sua raiva, o seu ódio.

 

Dessa forma, passou a identificar-se muito mais com todas as actividades relacionadas com o homem, que são desenvolvidas fora do lar; portanto não aprecia os afazeres domésticos, rejeitando o papel feminino tradicional.

 

Iansã é a mulher que acorda de manhã, beija os filhos e sai em busca do sustento.

 

O facto de estar relacionada com funções tipicamente masculinas não afasta Iansã das características próprias de uma mulher sensual, fogosa, ardente; ela é extremamente feminina e o seu número de paixões mostra a forte atracção que sente pelo sexo oposto.

 

Iansã (Oyá) teve muitos homens e verdadeiramente amou todos.

 

Graças aos seus amores, conquistou grandes poderes e tornou-se orixá.

 

Assim, Iansã tornou-se mulher de quase todos os orixás.

 

Ela é arrebatadora, sensual e provocante, mas quando ama um homem só se interessa por ele, portanto é extremamente fiel e possessiva.

 

Todavia, a fidelidade de Iansã não está necessariamente relacionada a um homem, mas às suas convicções e aos seus sentimentos.

 

Algumas passagens da história de Iansã relacionam-na com antigos cultos agrários africanos ligados à fecundidade, e é por isso que a menção aos chifres de novilho ou búfalo, símbolos de virilidade, surgem sempre nas suas histórias.

 

Iansã é a única que pode segurar os chifres de um búfalo, pois essa mulher cheia de encantos foi capaz de transforma-se em búfalo e tornar-se mulher da guerra e da caça.

 

Oyá é a mulher que sai em busca do sustento; ela quer um homem para amá-la e não para sustentá-la.

 

Desperta pronta para a guerra, para a sua lida do dia-a-dia, não tem medo do batente: luta e vence.

 

Características dos filhos de Iansã / Oyá

 

Para os filhos de Oyá, viver é uma grande aventura.

 

Enfrentar os riscos e desafios da vida são os prazeres dessas pessoas, tudo para elas é festa.

 

Escolhem os seus caminhos mais por paixão do que por reflexão.

 

Em vez de ficar em casa, vão à luta e conquistam o que desejam.

 

São pessoas atiradas, extrovertidas e directas, que jamais escondem os seus sentimentos, seja de felicidade, seja de tristeza.

 

Entregam-se a súbitas paixões e de repente esquecem, partem para outra, e o antigo parceiro é como se nunca tivesse existido.

 

Isso não é prova de promiscuidade, pelo contrário, são extremamente fiéis à pessoa que amam, mas só enquanto amam.

 

Estas pessoas tendem a ser autoritárias e possessivas; o seu génio muda repentinamente sem que ninguém esteja preparado para essas guinadas.

 

Os relacionamentos longos só acontecem quando controlam os seus impulsos, aí, são capazes de viver para o resto da vida ao lado da mesma pessoa, que deve permitir que se tornem os senhores da situação.

 

Os filhos de Oyá, na condição de amigos, revelam-se pessoas confiáveis, mas cuidado, os mais prudentes, no entanto, não ousariam confiar-lhe um segredo, pois, se mais tarde acontecer uma desavença, um filho de Oyá não pensará antes de usar tudo que lhe foi contado como arma.

 

O seu comportamento pode ser explosivo, como uma tempestade, ou calmo, como uma brisa de fim de tarde.

 

Só uma coisa o tira do sério: mexer com um filho seu é o mesmo que comprar uma briga de morte: batem em qualquer um, crescem no corpo e na raiva, matam se for preciso.

 

Orikí de Oyá. Eèpàrìpàà! Odò ìyá!

 

“ORI O! ORI OYA,
MO GBE DE. OYA MESAN, MESAN, MESAN.
OYA ORIRI, O, O, O.
OYA MESAN,
A JI LODA ORISA.
ORI O
ORI OL’ OYA,
MO GBE DE.
ORI MI!
ORI OYA , MO GBE DE.”

“O ORI do iniciado,
O ORI daquele que é iniciado em OYA está aqui.
OYA , que se desdobra em nove partes.
OYA , a grande mulher, charmosa e elegante.
OYA , que se desdobra em nove partes.
ORISA que usa a espada ao acordar.
O ORI do iniciado,
O ORI daquele que é iniciado em OYA está aqui.
Meu ORI.
O ORI daquele que é iniciado em OYA está aqui.”

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