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OBI

OBI

 

Obí é um fruto sagrado e insubstituível dos rituais de candomblé e umbanda, Ele tem diversas utilidades, como por exenplo confirmar uma obrigação.

O obí funciona como uma ligação entre o Orún e o Ayê, por conseuencia dos homens com Deus.

O Obí também conhecido como nóz-de-cola, é usado nas obrigações de Orixás, muitas das vezes  comemos um pedaço dele (Gosto bem amargo), pois ele representa a vida. É entre em meio oração, em rituais de revitalização e/ou alegria.  Na África come-se esse Obí a cada celebração importantente.

O Obí (Abata) que é usado em adivinhação é formado por diversos gosmos (Geralmente 4), que serve para confirmar obrigações e até ver orixas. Esses gomos são divididos em Machos e Fêmeas.

Não é permitido passar a faca no Obí, pois os orixás podem se revoltar.

Lenda Do Obí

Olófin, ” O Senhor das leis”, um dos títulos de Olódùmarè, decidiu um dia visitar a Terra e ver de perto como as coisas andavam. Em sua caminhada conheceu um homem que se chamava Obì, e que lhe impressionou muito por ele ser uma pessoa muito justa, sem orgulho e pretensões, e sem nenhuma vaidade.

Então Olófin decidiu que Obì deveria viver muito alto, vestido de branco por fora e por dentro, que sua alma seria imortal e que trabalharia para ele. Em seguida, Olófin lhe apresentou Èsù, e entre ambos surgiu grande amizade, sendo que os amigos de um passaram a ser amigos do outro. Os pobres, os ricos, os corretos, os desajustados, todos eram amigos de Èsù.

Com o correr do tempo, Obì, começou a se tornar vaidoso e cheio de sí.O orgulho tomou conta dele, que passou a evitar as pessoas que lhe eram inferiores; até Èsù ele evitava, devido as suas amizades que não agradavam Obì.

Desejando celebrar uma festa, Obì convidou Èsù e pediu-lhe que evitasse convidar suas amizades. Èsù, que havia notado a mudança de comportamento de Obì, convidou os poderosos e ricos, mas também convidou os vagabundos e miseráveis da cidade. Quando Obì chegou em casa e viu aquela gente estranha, ficou irado e perguntou:” Quem convidou esta gente à minha casa?” Todos responderam:” foi Èsù″. Obì se enfureceu e expulsou a todos, dizendo que não admitia vagabundos em sua casa. Èsù chegou no momento em que todos saíam, dizendo que Obì era vaidoso e ingrato. Em seguida, saiu acompanhando seus amigos.

Compreendendo o que havia feito, Obì tentou reconsiderar, dizendo que havia se equivocado ao tratar daquela forma os amigos pobres de Èsù.Èsù porém, não lhe fez caso, seguindo o seu caminho.

Certo dia, Olófin convocou Èsù à sua presença e pediu-lhe que levasse um recado para Obì, porém Èsù se recusou,e, ao ser inquirido sobre a razão da recusa de ir à casa de seu amigo, respondeu-lhe que Obì havia mudado de comportamento, tornara-se muito vaidoso e se recusava a receber em sua casa os pobres e os humildes.

Olófin escutou em silêncio o relato de Èsù, e, quando este terminou, lhe disse:” Vou ensinar uma lição a Obì”. Usando de um disfarce, Olófin foi até a casa de Obì. Tocando a porta, foi recebido por Obì, que não lhe reconheceu, e foi dizendo para se afastar dali, que ele não dava esmolas à ninguém. Olófin ao ouvir aquilo, firmou a voz e lhe disse:” Olhe para mim! veja quem sou eu!…

Obì, diante da presença de olófin, tratou de corrigir-se alegando um engano. Olófin então lhe falou: ” Eu lhe acreditava um homem honesto, íntegro e bom, sem falso orgulho ou vaidade, por isso o fiz branco por todos os lados e com espírito imortal. Parece que de viver tão alto, sua cabeça chegou às nuvens. Mas vou corrigir tudo isso. Você, a partir de agora, viverá no alto, mas só que no alto das árvores, porém cairás e rolarás por terra, para que aprendas que por mais elevado que uma pessoa esteja, também poderá cair por terra. Você se vestirá de verde por fora e branco por dentro, mas algumas vezes será negro. quando aprender a corrigir seus erros, eu o perdoarei. Até lá, você deverá servir a todos os òrisà e ajudará a predizer o futuro a todos que desejarem saber, tanto os ricos como os pobres e necessitados sem distinção social ou de cor”.

….Olodunmare também proclamou que, como um símbolo da prece, a árvore somente cresceria em lugares onde as pessoas respeitassem os mais velhos.

Naquela reunião do Conselho Divino, a primeira noz de cola foi partida pelo Próprio Olodunmare e tinha duas peças.

Ele pegou uma e deu a outra para Elenini, a mais antiga divindade presente.

A próxima noz de cola tinha três peças, as quais representavam as três divindades masculinas que disseram as orações que fizeram nascer a árvore da noz de cola.

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